segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Cerveja artesanal - 9 meses depois

Há 9 meses atrás fizemos nossa primeira cerveja, foi meu último post. Vou colocar aqui algumas fotos e videos da cerveja que começamos a fazer ontem (27/02/2011), algumas coisas mudaram: Alugamos uma casa apenas para fazer cerveja, montamos equipamentos maiores, mais eficientes e, principalmente, já temos um conhecimento bem maior do processo.

A cerveja feita ontem também é uma Pale Ale, o estilo é o mesmo, mas a receita é outra, o processo é outro e o resultado... bom, vamos aguardar mais uns dias, mas deve ser muito melhor!


Tudo começa com a limpeza dos equipamentos, etapa fundamental para uma cerveja de qualidade

Nossas panelinhas de 130 litros...
Definida a receita, uma Pale Ale, pesamos os ingredientes


O malte é então moído

enquanto aquecemos água para o processo de mosturação.

A mosturação consiste na extração dos açúcares do grão em água quente. Estes açúcares mais para frente serão fermentados e transformados em ÁLCOOL!!!

Detalhe da panela, que possui uma chapa perfurada apoiada no fundo (chamada fundo falso) que ao final da mosturação serve para filtrar a mistura e retirar apenas o líquido da panela, deixando os grãos para trás.

 Pira cuidando com carinho do nosso mosto.

Ao final do processo de mosturação, fazemos a recirculação do mosto, ou seja, tiramos o líquido por baixo do fundo falso (filtro) e devolvemos na parte de cima da panela. Este chuveirinho por cima ajuda a espalhar o líquido para lavar todos os grãos da panela, assim extraímos uma maior quantidade de áçúcares e obtemos uma cerveja mais limpa, sem pedaços do grão.

A primeira água utilizada é transferida para a panela de fervura, então jogamos mais água quente sobre os grãos para lavá-los completamente.

 Todo o líquido, chamado agora de mosto, é transferido para a panela de fervura, o mosto ferve por aproximadamente 1 hora e meia, nesta fase adicionamos o lúpulo, responsável pelo amargor, aroma e conservação da cerveja.


 Mosto fervendo, este processo retira algumas substâncias indesejáveis da cerveja, também faz com que algumas delas precipitem.
Ao final da fervura, para evitar que estes precipitados fiquem na cerveja, fazemos um processo chamado Whirpool, ou redemoinho, que faz com que estes sólidos fiquem concentrados no centro da panela.
  
 Essa porcaria toda não vai para a garrafa!!!

 Ao final da fervura precisamos resfriar a cerveja, fazemos isso com água da torneira no primeiro estágio (de 90ºC para 50ºC) e água gelada no segundo estágio (de 50ºC para 25ºC).

Usamos um trocador de calor duplo-tubo para este processo. A cerveja passa dentro de um tubo de inox, a água passa entre este tubo de inox e o tubo de PVC. Onze anos de Engenharia Química finalmente serviram para alguma coisa...


 Após sair do trocador de calor o mosto resfriado vai para a câmara fria de fermentação, onde ficará armazenada nestes fermentadores de fundo cônico.

A Câmara é refrigerada por um aparelho de ar condicionado.

Um controlador de temperatura aciona o aparelho de ar condicionado sempre que a temperatura sobe, mantendo uma média em torno de 18ºC dentro da câmara.

Por enquanto é isso, daqui uns 20 dias teremos mais 100 litros de cerveja pronta para consumo!

Além disso estamos abrimos nossa loja de equipamentos e matéria prima para fabricação artesanal de cerveja. Em breve o site estará no ar, mas já fazemos orçamentos e entregamos pedidos através do email contato@emporiocervejeiro.com.br.

Abraço,
Fábio Gazarini / Gaza / Pelica

domingo, 13 de junho de 2010

Erro # 1 - A primeira cerveja artesanal

Vou escrever aqui um pouco sobre a Erro # 1, a primeira cerveja artesanal que fiz (com a participação do Pira, Kiko, João Mala e Totó). A idéia é mostrar um pouco do estilo da cerveja, dos ingredientes, do processo de fabricação, dos equipamentos utilizados e do resultado alcançado.

A CERVEJA

A cerveja é feita basicamente com 4 ingredientes:
- Água
- Malte - Grãos de cevada germinados e torrados;
- Lúpulo - Uma flor que dá amargor e aroma à cerveja, além de ser um conservante natural;
- Levedura (Fermento) - Um bichinho que transforma o açúcar do malte em álcool.

As cervejas são classificadas entre lagers e ales, de acordo com o tipo de fermento utilizado (os do tipo lager trabalham em temperaturas baixas, próximas de 0ºC, os do tipo ale trabalham em temperaturas mais próximas dos 20ºC). As cervejas tipicamente consumidas no Brasil são do tipo Pilsen, que pertencem ao grupo das Lager.

A PALE ALE E OS INGREDIENTES UTILIZADOS

A Erro # 1 é do tipo Pale Ale, ou seja, é uma "Ale Pale", ou Ale pálida... a cor é um pouco mais escura que as Pilsen, avermelhada. É uma cerveja leve, com graduação alcóolica em torno dos 5% e baixo amargor.

A cor e a quantidade de álcool de uma cerveja estão relacionadas principalmente ao tipo de malte utilizado. Quanto mais torrado o malte, mais escura a coloração da cerveja. A nossa receita de Pale Ale utilizada na Erro # 1 está abaixo:

- 5 Kg de malte tipo Pilsen (um malte bem claro)
- 250g de malte tipo Carared (um malte torrado, que confere a cor avermelhada)
- 11 gramas de Lúpulo Saarz
- 40 litros de água mineral


O malte - Cevada germinada e torrada


O PROCESSO

O primeiro passo do processo é moer o grão de cevada, as cascas serão separadas do grão o que permitirá que os açúcares possam ser dissolvidos na água. Para isso utilizamos um moedor de grãos manual, adaptado depois a uma furadeira para facilitar o trabalho.


Então colocamos o malte na panela, que já estava com 25 litros de água a 70ºC. O malte ficou durante uma hora e meia em água a 65ºC. Durante este tempo, os açúcares presentes no malte foram dissolvidos na água.

Colocando o malte na água. Pira com o seu uniforme cervejeiro.

Mosturação - extraindo os açúcares do malte

Como o malte moído possui partículas pequenas, precisamos filtrar o mosto para garantir uma cerveja livre de suspensão de sólidos. O fundo da panela possui  um filtro, um tubo perfurado envolvido por uma tela fina, conectado na parte interna da válvula da panela. Retiramos o mosto pela válvula e devolvemos na panela, com isso, as cascas do malte vão ficando depositadas sobre a tela do filtro e ajudam a reter as partículas sólidas, esta parte do processo é conhecida como recirculação do mosto.

Recirculação do mosto - reparem que a cerveja já ganhou cor

Ao recircular o mosto é importante não jogar o líquido diretamente de volta na panela, isto para que ele seja bem distribuído sobre os grãos, garantindo a extração de todos os açúcares restantes.

Recirculação - distribuindo o mosto para não criar caminhos preferenciais

Para terminar a recirculação, após retirar todo o mosto recirculamos os 15 litros de água restantes, que foram previamente aquecidos a 78ºC. Além de retirar os açúcares restantes, nesta temperatura algumas enzimas do mosto são inativadas.

A seguir fervemos o mosto durante uma hora. Neste processo algumas partículas sólidas sedimentam, alguns compostos indesejáveis são extraídos com a evaporação e o volume total do mosto é reduzido para 20L, que é a quantidade de cerveja produzida. Neste processo também é adicionado o Lúpulo. Metade do lúpulo foi adicionado após 30 minutos de fervura, este Lúpulo é responsável pelo amargor da cerveja. A outra metade do Lúpulo foi adicionada nos 15 minutos finais, este Lúpulo é o responsável pelo aroma da cerveja.

Fervendo o mosto

Terminada a fervura, é hora de resfriar o mosto e colocá-la no fermentador. Quanto mais rápido o processo, menor o risco de contaminação, por isso passamos a cerveja por uma serpentina envolvida em gelo. Na saída da serpentina a cerveja já foi colocada no fermentador, no nosso caso um galão de 20L de água mineral.

Resfriando o mosto

Após resfriado o mosto, é hora de adicionar o fermento. O fermento utilizado estava desidratado e foi previamente colocado em um pouco de mosto para despertar o fermento. Feito isso, basta fechar o fermentador com um airlock, que é um sifão que permitirá a saída do gás carbônico sem deixar que ar entre no galão, o que evitará a contaminação da cerveja por outros microorganismos que não sejam o nosso fermento.


Fermentador fechado com o airlock

Como a nossa cerveja é uma Ale, ela ficou fermentando durante uma semana à 20ºC, na lavanderia da casa do João.







Uma semana depois, engarrafamos a cerveja. Como o gás carbônico gerado na fermentação foi eliminado pelo airlock, neste momento a cerveja estava sem gás, então misturamos um pouco de açúcar na cerveja antes de engarrafar e deixamos as garrafas em temperatura ambiente por uma semana. Durante este período a cerveja voltou a fermentar, o suficiente para deixá-la com a quantidade ideal de gás.

Era hora de experimentar o resultado!!!

O RESULTADO


Erro # 1 engarrafada e pronta para o consumo

O primeiro gole

As cobaias

A cor e a espuma da cerveja ficaram muito boas. O sabor nem tanto, em algum momento a cerveja foi contaminada e ficou com um gostinho de abacaxi que não deveria existir. Precisamos melhorar alguns processos também.

PRÓXIMOS PASSOS

Hoje já vamos fazer a nossa quarta batelada, então estamos melhores nos processos de sanitização dos equipamentos, o que reduzirá o risco de contaminação.

A receita também precisa ser melhorada, na próxima pretendo adicionar mais lúpulo e talvez mudar o tipo de malte.

Quanto aos esquipamentos, estou trabalhando em uma tina para colocar a serpentina, o isopor era muito grande. Para aumentar a troca térmica, também precisamos adicionar água no gelo, o que no isopor não era viável pelo tamanho. Meu pai está trabalhando em duas novas panelas de inox, o que vai tornar nossa cozinha menos amadora e permitir duas brassagens no mesmo dia.

Em breve também vou falar um pouco sobre a Samurai (cerveja que ficou pronta neste fim de semana, estilo Indian Pale Ale, estilo que o Totó está se especializando) e a ainda sem nome cerveja do Pira (estilo Stout, que será engarrafada até Segunda-Feira e poderá ser provada pela primeira vez no próximo fim de semana).

Por hoje é só, agora vou para a casa do Pira para nossa quarta batelada, a segunda da Indian Pale Ale do Totó. Pretendo fazer uns vídeos para postar aqui depois.

Pelica

Pelica / Gaza

domingo, 9 de maio de 2010

ESTAMOS FAZENDO NOSSA PRÓPRIA CERVEJA

Finalmente, após uma década sonhando com esse dia, finalmente produzimos nossa primeira cerveja ontem 08/05/2010. Depois vou contar um pouco sobre isso aqui para deixar registrado, mas por enquanto vejam as fotos e videos:

http://www.youtube.com/watch?v=wXuFYRE47K8
http://www.youtube.com/watch?v=rkd-c0sZbtk
http://www.flickr.com/photos/jao/sets/72157624026706934/

A cerveja está fermentando, fica pronta daqui a 3 semanas... vamos torcer para ficar boa!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Trebuchet

Pessoal,

o objetivo do blog é divulgar e mostrar o andamento do projeto do barco, mas como por enquanto o projeto não andou (unicamente por não ter um espaço disponível para construção), então vou postando outras coisas. Estou colocando aqui algumas fotos de um trebuchet que construímos, eu, o Igor e mais alguns malucos, para participar do Integrapoli de 2007.
Para não ficar totalmente descasado o assunto, saibam que este trebuchet que inspirou a construção do barco...
O objetivo da competição era ver quem mandava mais longe uma melancia de 6Kg utilizando um trebuchet, espécie de catapulta medieval. Após dois dias de muito trabalho e uns R$500 de investimento, mandamos a nossa melancia a uns 45 metros, eu acho, já não me lembro. O projeto foi todo nosso, inspirado em algumas fotos, textos e simuladores (sim, existem simuladores de trebuchet) conseguidos na internet com a ajuda do google.

Ah, sim, ganhamos a competição, os engenheiros químicos superaram os mecânicos, civis, navais e todos os que estudaram muito mais mecânica na vida... hehehe

Abaixo algumas fotos....
Chegando com a matéria prima.
Cortando as peças maiores.
Uma lateral do trebuchet concluída.
Estrutura principal concluída.
Churrasquinho para animar a galera.


Apesar das ferramentas, não tivemos nenhum acidente de trabalho. Nem mesmo o Totó se machucou, milagre...
Ajustando o eixo da lança.

Fazendo o encaixe do eixo na madeira da lança.

Trebuchet finalizado, porém ainda sem o contrapeso.

Duas da manhã da segunda-feira...

A melhor parte, comemorar o fim da execução.

Carregando para o primeiro teste, ainda com pouco contrapeso (cada placa de concreto pesava aproximadamente 10kg. Abaixo, enfim, o primeiro lançamento.


Infelizmente todos os videos foram gravados durante a noite e por descuido dos membros da AEQ (Associação de Engenharia Química), o trebuchet foi roubado após o Integrapoli e não tivemos a oportunidade de filmá-lo durante o dia. De qualquer forma, valeu pela diversão que proporcionou. Procurem por trebuchet AEQ no youtube e verão o video da competição.

Em 2008, o desafio era construir uma basuca que lançasse uma batata o mais longe possível. Nem preciso dizer que a AEQ venceu novamente, eu não participei do projeto, que foi inteiro desenvolvido pelo Igor. Ele ficou de mandar umas fotos e vou incluir aqui no blog depois. Parece que não foi possível encontrar nenhuma das batatas lançadas...

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Aproveitando o espaço para registrar alguns momentos das férias...


Entre 20 de Abril e 6 de Maio fiz uma viagem para a Espanha e Itália com um amigo do trabalho, Ricardo Yazbek. Abaixo algumas das mais de 3300 fotos que tiramos, alguns videos engraçados e um pouco do que aconteceu...

20 de Abril (dom) - chegada em Madrid



No aeroporto, após pela passar fácil pela temida imigração espanhola em Barajas.

Na casa do Danilo e da Fê, com a visita do Pequeno, amigo do Santander que também foi morar lá. Ficamos hospedados na casa deles, obrigado ao casal pela recepção com muitas cervejas Mahou na geladeira.


Plaza Mayor, lugar bem bacana, cheio de botecos e restaurantes...

um deles o Museo del Jamón, o museu que eu mais gostei da Europa...


A vida não é justa no mundo dos porquinhos, enquanto uns aproveitam a vida, outros viram Jamón...

21 de Abril (seg) - Madrid

No Santiago Bernabeu, bem bacana... era dia de jogo com jogador brasileiro fazendo estréia.



Participei de minha primeira coletiva após o jogo de estréia (ver video acima)...


E já era hora de partir para a Itália. Como o avião sairia às 6 da manhã, pegamos o último metrô uma da manhã e ficamos bebendo no aeroporto até o horário do check-in (ver video abaixo)...


22 de Abril (ter) - Viagem de Madrid para Roma


Já na chegada comecei o contato com as fêmeas locais.

O mais impressionante de Roma é que em cada esquina tem uma ruína de 1000 e muitos anos.

Em uma tarde andamos por quase toda a cidade, como já estávamos cansados, encerramos o dia bebendo uma água na Fontana de Trevi...


23 de Abril (qua) - Roma

O objetivo do dia era conhecer o Vaticano e o Coliseu. Ao pedir informações na rua, conhecemos essa gari... inacreditável, uma gari loira, até que bonitinha para o que se espera de uma gari, com inglês fluente... acho que era alguma inglesinha revoltada que fugiu da casa dos pais...

Antes de ir embora, dei a benção aos outros turistas e seguimos para o Coliseo...

O lugar é simplesmente fantástico...

A pergunta que eu me fazia a todos os instantes em Roma era: "Como esses caras construíram tudo isso sem a tecnologia de hoje?"

" E como é que essas coisas existem até hoje? Olha o tamanho deste arcos!!!" Andamos bastante entre as ruínas do Paladino e do fórum romano, este dia foi bem cansativo.

Antes de ir, matamos a sede tomando uma cerveja bem gelada em frente ao coliseu.

O dia terminou com uma cena emocionante, o Yasbek encontrou seu primo Pinóquio e a napa provou que ele é um legítmo italiano...

24 de Abril (qui) - Viagem de Roma para Costa Amalfitana

Cansados de comer uns lanches ruins e caros que vendem por lá, passamos no mercado e preparamos a primeira farofada. Na falta de uma faca para passar manteiga no pão, o pente da TAM ajudou bastante...

O objetivo era parar em Nápoles, porém chegando na cidade, encontramos um trânsito caótico, todos os carros na rua batidos, tudo que é tipo de transporte nas ruas, vielas...
lixo... ficamos com medo de acabar com o carro batido e resolvemos seguir viagem para a costa amalfitana, 50 km ao sul.

... não sem antes tentar fazer contato com as locais, o que estava se mostrando algo cada vez mais complicado.
Chegamos em uma cidadezinha chamada Vietri sul Mare, a segunda cidade mais ao sul da costa amalfitana, lugar bem legal...

À noite saímos na cidade vizinha, Salerno, deve ser o point do verão na região, vários bares e muita gente bonita nas ruas, obviamente as mulheres mais bonitas com os caras que tinham os melhores carrões... o Yasbek me serviu uma cerveja...
... e começamos a passar um chaveco nas garçonetes, o papo fluiu bem, achamos que ia rolar uma bagunça legal no hotel...

... porém após o segundo litro da cerveja com 11% de álcool (equivalente a meia garrafa de whisky), minha língua começou a enrolar e então aprendi o que significava o brinde que as italianas haviam feito com a gente:

"Aiz Aiz Aiz" (Pra cima, pra cima pra cima)

"Acal Acal Acal" (Pra baixo, pra baixo, pra baixo)

"Accost Accost Accost" (Pra mim, pra mim, pra mim)

"A Pelica nun intost" (O Pelica não vai brochar)

... acho que elas não acreditaram que isso não iria acontecer e terminamos mais uma noite no zero a zero com as italianas...

25 de Abril (sex) - Tour pela Costa Amalfitana e chegada em Pompéia

Acordamos cedo no dia seguinte, a ressaca estava brava...

... mas tivemos a noção de que estávamos em um lugar realmente maravilhoso. Pegamos a estrada rumo a Positano, a praia mais badalada da Região...


... no caminho uma parada para repor as energias (e fibras, principalmente) ...

... beber e comer presunto todo dia não faz muito bem para o intestino, então tivemos que compensá-lo com frutas e verduras ... A estradinha era tão estreita e cheia de curvas que espelhos ajudavam a ver o que vinham pelo outro lado da curva...

Cenário paradisíaco...


"Ai que saudades do banco..."


Será que não tem nenhuma agência do Santander pra visitar aqui... hahahaha

Como não era meu dia de dirigir, abri o bar...

Chegamos então em Positano, paisagem comum nos filmes rodados na Itália...

Logo que chegamos achamos estranho as pessoas todas de roupa na praia... essa aí em cima estava mais no perfil do que esperávamos encontrar.

Resolvi dar um mergulho, a temperatura estava em torno de uns 25ºC fora dágua... e uns 5ºC dentro dela, o que me fez sair correndo. Pelo menos a ressaca do dia anterior acabou por completo...

...e renovamos as energias para subir o morro e voltar para a estrada, onde a "Jóia" estava estacionada... e por incrível que possa parecer, ainda com todos os retrovisores intactos...

26 de Abril (sab) - Visita às ruinas em Pompeía e viagem para Florença

Pompéia é uma cidade da época dos romanos que ficou soterrada por muitos séculos pelas cinzas do vulcão vesúvio, cujos gases da erupção mataram todos os habitantes da cidade. As cidade nova cresceu ao redor das ruínas, dizem que é o melhor sítio arqueológico já encontrado dos romanos.

O Yasbek entrou no túmulo desta família Romana, eu não tive coragem não, cemitério não é meu lugar favorito... notem que eles esculpiam em pedra a cara do morto...

Todos os corpos encontrados na cidade foram retirados, acima uma reconstituição de como foram encontrados, estavam todos deitados com as mãos no rosto, o que sugere a morte por asfixia...

Muitos prédios ainda estão em pé, apenas os telhados não existem mais.

O Yasbek encontrou um autêntico cachorro Romano em um dos teatros da cidade...

Aqui era outro teatro, os ferros simulam as arquibancadas que existiam antigamente...

Notem que as colunas de pedra eram formadas por blocos de pedra empilhados. Todas as construções maiores eram feitas assim.

Algum espaço de eventos público... não tivemos a preocupação de saber o que era cada coisa, o lema da viagem era ver coisas legais sem se preocupar muito com história, datas, etc, etc...

Entrada do estádio de pompéia...



Assim era uma padaria Romana...

Fornos de pão dos romanos.

Mosaico no piso deste prédio... muito louco....

As ruas de pedra. Não entendi o que eram essas pedras no meio da rua, se alguém souber me fala...
Estátuas de bronze da época.

Parada no posto para tomar uma água, dar uma mijada e confirmar o caminho... rumo a Siena!No carro montei uns lanches para matar a fome... note que o painel servia de microondas...

Andamos umas 5 horas na estrada, chegamos por volta das 7 da noite. Como na quinta foi feriado na Itália, todos os hotéis da cidade estavam lotados!!! Apelamos e viajamos 50km até Florença, chegamos por volta das 9 da noite, todos os hotéis estavam lotados também. Conseguimos um quarto no Ibis afastado do centro à 5 horas da manhã... foi o único dia com algum stress na viagem toda e com certeza o mais cansativo.

27 de Abril (dom) - Tour em Florença

Como o hotel ficava longe da cidade, pegamos o carro rumo ao centro e o Yasbek pode novamente mostrar que pelo menos no trânsito, mão podemos duvidar de que ele é Italiano (ver video acima)...

Os italianos têm uma tara por porcos. Muito comuns também são as lojas com temperos, queijos, embutidos, vinhos... (aqui falta incluir as fotos de Florença, uma cidade bem bacana)


28 de Abril (seg) - Passada por uma vinícula na região de Chianti e parada em Siena

Degustando um chianti numa vinícula que produz apenas 3000 garrafas por ano.

Finalmente uma italiana me deu bola...

Finalmente partimos rumo a Siena e o Yasbek novamente se mostrou um autêntico italiano, andando na contra mão para pedir informações para o guarda de trânsito...

Chegamos em Siena, cidadezinha muito bacana, deve ser como uma Campos do Jordão. Tudo é muito bonito, arrumado, a cidade é parcialmente murada, porque durante um período as cidades menores temiam serem invadidas pelo governo de Florença. (aqui ainda vou incluir mais fotos)

Ficamos num hotelzinho simples em Siena e comemos uma pizza bem meia boca, a nossa pizza de São Paulo é infinitamente superior...

29 de Abril (ter) - Passada por Pisa e parada em Lucca

Já cheguei em Pisa com meu espírito do contra, enquanto todos tiravam fotos segurando a torre...

... eu queria mais é que ela caísse mesmo!!!

A torre de Pisa foi uma das coisas que mais me impressionou, ela está lá há mil anos torta deste jeito e não cai... já trocaram quase todas as colunas da estrutura, porque elas sofrem esforços demais por não estarem na totalmente vertical...

Tantas pessoas já subiram na torre que os degraus de pedra maciça são desgastados.


Também, com uma vista dessas tem mais é que subir mesmo, porém confesso que dá um pouco de medo.



A torre foi construída para ser a torre da igreja, tem vários sinos no topo.



Mais uma última tentativa, mas ainda não foi desta vez que a torre caiu...

Pegamos esta estrada pitoresca rumo a Lucca, cidade de origem da Família do Yasbek, que é toda cercada por muralhas pelo mesmo motivo que Siena.


Na chegada já fizemos uma farofa no quarto do hotel para sair e conhecer a cidade. (aqui faltam fotos de Lucca)

30 de Abril (qua) - Chegada em Milão, devolvemos a Jóia

01 de Maio (qui) - Bate volta em Veneza



Embarcamos de manhã em um trem para Veneza.

Pra variar um pouco, muitas vinícolas ao longo do caminho.

Chegamos na estação de trem e já demos de cara com os canais... a partir daí, ou vai a pé ou de barco, não existe carro nem moto nesta região da cidade.






02 de Maio (sex) - Volta para Madrid

Última e melhor refeição na Itália.

Voltamos a Madrid e o porquinho fanfarrão continuava na farra... a idéia nos últimos dias de viagem era desacelerar o ritmo e descansar um pouco, começamos fazendo uma faxina na casa da Fê e do Cão (estava muito suja... hehehe)

Uma passada no Museo de Jamon para uma última porção...

03 de Maio (sab) - Madrid

Saímos para fazer compras, principalmente cerveja e jamón.

Depois fizemos um almoço, aliás, as refeições que fizemos na casa do Cão ficaram entre as melhores da viagem. Convidamos umas vizinhas, mas elas não apareceram...

04 de Maio (dom) - Madrid


Combinamos de encontrar o Pequeno e a esposa dele num pub para assisitir o jogo do Real Madrid, bastava uma vitória para o título antecipado e aconteceu nos últimos minutos de jogo.


Depois fomos dar uma olhada na comemoração do título (o cara com a camisa do Real era um espanhol que passou bem na hora da foto). O Cão e a Fê chegaram na cidade no final do dia e demos muitas risadas contando as histórias da viagem na Itália.

05 de Maio (seg) - Madrid

Não podíamos ir embora sem antes comer uma autêntica Paella espanhola. Combinamos então de almoçar com a Fê, o Pequeno e a esposa dele num restaurante bacana. A paella estava boa, um pouco diferente da que eu costumo fazer.

O pequeno e a esposa foram embora mais cedo, ele precisava trabalhar, deixaram no prato as lagostas intactas, acho que ficaram com vergonha de pegar com a mão para comer... azar deles... vejam o video acima...
06 de Maio (ter) - Retorno ao Brasil
Infelizmente acabou a viagem, acordamos cedo e fomos para o aeroporto. O Yazbek, acostumado a trazer muamba do paraguai, precisou de 2 sacos para trazer a bagagem de mão e não estourar o limite de peso. Acabou assim nossa viagem, por fim, uma foto tirada do avião, última imagem do aeoroporto de Madrid.